sábado, 11 de janeiro de 2014

Visita a Moçambique - 4a. Parte


Para fechar o domingo.


9 de Maio de 2012 às 11:47


Depois de um cafezinho bom e quentinho, voltamos a subir a marginal e vieram nos trazer ao Hotel Hoyo Hoyo. A Maria deixou-nos para ir atender outro compromisso, mas a Teresinha ficou a nos dar apoio. Fez questão de vir ver se os quartos eram os que havia reservado. Pela desenvoltura dela no hotel e no relacionamento com os funcionários fiquei a pensar se ela está na profissão certa. Parece-me uma verdadeira operadora de turismo ou de uma agência especializada em dar apoio a pessoas que vêm a Moçambique, a turismo ou a trabalho.


O Hoyo Hoyo é um residencial simples, limpo e com um restaurante de comida goesa. Boa comida goesa. Já fui me imaginando naquele primeiro fim de tarde comendo umas chamuças e a tomar uma cervejinha. Afinal ainda era domingo!

O quarto pequeno, mas aconchegante. Uma varandinha que dá para a traseira do hotel onde se vê um jardim bem tropical.

A Teresinha alerta que já passavam do meio dia. Não tinha apetite, talvez pela adrenalina, pelo excitamento com o que já tinha visto nas poucas horas que desfrutava de Maputo e suas gentes. Ouvi também do Marcos não estar com fome para almoçar logo... pois, não era bem a adrenalina que me tirava a fome. É que para nós eram um pouco mais do que as sete da manhã do Brasil. Mas estávamos em Maputo e acompanhados pela Teresa que não tinha nada com isso. O fuso aqui lhe pertence e nem me atrevi a lembrar-lhe o nosso. Ela propõe almoçarmos no Piripiri. Magicamente me bateu a fome! Pensei cá comigo: Essa foi um golpe de mestre da prima! Uma galinha do Piripiri!!!

Seguimos para lá e depois de atravessarmos a antiga Pinheiro Chagas, agora Eduardo Mondlane, fomos por ela por dois quarteirões até à Av. Julius Nyerere onde se vê logo o prédio onde fica instalada a Embaixada de Portugal que próximo, à sua esquerda, fica o Xenon. Chegando à Julius Nyerere vamos à direita até à esquina da 24 de Julho onde entramos de novo à direita e chegamos ao Piripiri.

Foi o primeiro momento que me faltaram joelhos... tipo as pernas dobrarem por falta de fixação. Sensação esquisita. Talvez tivesse mesmo há muito tempo a guardar a vontade de comer uma galinha do Piripiri. Só consigo explicar dessa forma. Depois peço a umas amigas curitibanas e freudianas para me ajudarem a entender isso. Parei realmente para refletir no momento que estava passando. Tipo filme com um nome “O retorno”. Vivi e vivo um filme... eu estou num filme!

Como a educação manda, e naquele momento ajudava-me a fazer as coisas devagar, deixei a Teresinha e o Marcos entrarem na frente e passo em seguida para o lado de dentro do restaurante. Na primeira mesa que visualizei estava um super simpático casal e reparei que o senhor fez algum comentário com a esposa, tipo é o Zé Paulo. Um raio de memória atualizada me fez perceber que estava de frente de um antigo vizinho de quarteirão no Macúti, na Beira! A reação foi de um automático abraço. Era o Tonecas! O Tonecas!!! Tenho falado tanto com a Manecas e ela me havia mandado uma mensagem pelo Face dizendo para eu o procurar. Só fui ler essa mensagem depois de o ter encontrado. Era o Tonecas, sem marcarmos, no primeiro lugar que entrei e já reencontro um antigo vizinho da Beira em Lourenço Marques... em Maputo, melhor dizendo. Juntamos mesas e almoçamos prazerosamente em um bom papo. Boa conversa que acabou por ser fonte, através do Pedro, o antigo Tonecas, e da Teresinha, de visões sobre o Moçambique atual que nos são importantes, mesmo que aparentemente subjetivas, para nos ajudarem nas avaliações que viemos aqui fazer.

O casal Nogueira já havia feito o seu pedido. Nós pedimos, claro, uma galinha do Piri-Piri...sem piri-piri... Trouxeram agora o piri-piri. Dois! Um verdinho e outro vermelhinho. O verdinho quentinho e super gostoso, e o vermelhinho super quente, como dizem os baianos no Brasil. Uau! A galinha ficou mesmo à Piri-Piri. Boa como nunca! Cerveja 2M tirada na máquina e servido no fininho, ou seja, o chopp na tulipa super gelado!

O preço da galinha para os três foi de 600,00 meticais, mais a cerveja e refrigerante. Algo em torno de 40 reais. Barato para os padrões brasileiros. Bom para apreciadores de galinha ao Piri-Piri.

Será que começou bem a semana em Moçambique? Só não pensem que me esqueci daquele fim de tarde tomando uma cerveja e comendo chamuças. Começamos por uma Laurentina, depois veio a Manica e por fim a 2M, mas não mais tirada na máquina no fininho. Todas elas muito boas, mas a Manica, tanto para o meu paladar como para o do Marcos, é a mais redonda. Pelo menos antes de ultrapassarmos as duas primeiras porque depois a gelada é sempre a melhor.


Vamos agora é tentar dormir, que amanhã temos agenda a cumprir...

Nenhum comentário:

Postar um comentário